o meu eu morreu

 coisa chata essa de podar as circunstâncias. estou velho demais. 

o tempo passou tão rápido quando um sopro e eu não sei mais o que fazer com o meu corpo, porque sinto que estou morto, mas a carcaça continua caminhando por aí e eu não quero mais carregar este peso. 

espero que o futuro me dê a coragem de alejandra pizarnik. estou pronto. não tenho mais medo e não tenho coisa alguma que me prenda a este plano. 

quero viver a circunstância de minha morte em sua mais bela plenitude. 

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