Lápide


A armadilha do mundo é minha ficção e meu desejo é um delírio compulsivo.

O alimento da minha alma está pronto, eu não. Preciso retomar meu gosto, já que o amanhã não existe. Despi minha armadura e me entreguei ao matadouro, sou a melhor carne. Tenho a melhor face e o pior sentimento. Jogo fora a vontade, vou me vender. O melhor preço, fingimento: sorrio para o abate. Ganho o mundo com falas que não me pertencem. Não vivo o gozo e dispenso a alegria de momentos, quero a eternidade. Quero o mundo em minhas palavras, torná-las dele e deixá-las correr livremente... Grandiosamente. Então me sacrifico.

Um comentário: