A liberdade é um dom insondável. Até mesmo o vento que sopra todas as manhãs de sol escondido é livre, a vida é livre. Prisão é chorar por si próprio. Acredito fielmente no poder da invencibilidade. Sei que vai parecer estranho, mas nós somos invencíveis a tudo: temos poder até mesmo sobre a morte. A verdade é que não sou capaz de medir minha própria força, ainda não atingi o ápice da minha real maturidade. Finjo isso tudo. Não sou um poeta apaixonado e muito menos um louco fanático pela vida em busca de um papel chamado dinheiro. Sou isso e mais um pouco. Sou todo tipo de esquisitice que lhe parece oportuno. Ah, sou luxúria também. Sou água, porta, madeira bruta, festa interrompida, amor que não acaba. Eu sou ouro, sou prata. Estou estranhamente confuso sobre a minha verdadeira face. Ou será que a minha face está confusa sobre meu verdadeiro eu? Já não sei. Sei somente que respiro e que, enquanto isso acontecer, estarei imerso num mundo de confusões. E isso não é tão complicado assim, somos imunes ao silêncio. E mais que isso, sou complô de uma metáfora individual e restrita. Eu sou o pó entorpecente, sou a matéria viva. Eu sou da paz, sou da vida!
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